A Cauda da Europa
Para estas pessoas, todos os dias são o mesmo dia. E o dia vai sempre a meio. Quer-se começar e vai-se sempre a meio de alguma coisa, de uma História, de um movimento, a meio de um trajeto, no meio do nada, a meio de um jantar familiar alternativo.
Todos têm idades idênticas e conservam-se jovens. Ainda. O pior é que o lugar está a abarrotar de gente e, por mais que se esforcem, nunca há espaço suficiente para tanto ser vivo. Sinal dos tempos, pegada do sistema. O que é que se faz a tantas pessoas, como é que se lida com tanta juventude? Entretanto, há mais a chegar e começa a ficar apertado existir. A casa fica pelas costuras, sua. E isso é um problema. Mas ter um problema é ótimo. Nesta idade, é ótimo! Basta escolher qual o problema mais favorável para resolver. Ou a melhor maneira de os arranjar, já que aqui os problemas são inevitáveis. É preciso escancarar, adicionar divisões à casa, aumentar dimensões.
Pode ser que aí se amplie o horizonte. Pode ser que aí já caiba toda a gente.
Talvez seja preciso uma invenção: chamaram-lhe Cauda da Europa. Um grito de transformação, neste sarilho que é o espaço comum onde o Tuga habita.
Equipa Criativa e Artística
Texto e Encenação
Ivo Saraiva e Silva
Interpretação
Alunos do 3º ano do curso de dança do Balleteatro Escola Profissional
Cartaz e Ilustrações
José Cruz
Apoio ao movimento
Carlos Silva
Apoio à canção A Letter To Daddy
Paulo Ferreira
Apoio à cenografia e adereços
Monteiro Silva
Interpretação e gravação da canção A Letter To Daddy
Pedro Santos