Uma alquimia cénica entre a matéria inanimada e o intérprete.

EXERCÍCIO-ESPETÁCULO NO ÂMBITO DO PROJETO FINAL DE MESTRADO EM CRIAÇÃO TEATRAL DA ESMAE

Uma peça baseada num grupo de alunos de teatro, de diversos contextos, idades e histórias, uma comunidade escolhida por ser a corporalização da regra do sim.

O guião partirá deles e dos objetos que trazem nos organismos das suas malas – o arquivo e ressonâncias do tempo de cada um. Vocês serão testemunhas de uma manipulação humana e objetal… Vamos desfazer a mala juntos, da bagagem literal e emocional sairão materiais aparentemente inanimados, cheios de memória, de balizas temporais de seguranças e valentias, de temores e desamores. O próprio palco estará a construir a identidade e a “ressignificar” traumas. Em cena estará visível uma dramaturgia afetiva que produza um sentido de identidade num lugar instável e sempre efémero como o teatro, procurando estabelecer uma relação entre intérprete e objeto – os percursos que ambos acarretam, entre Composição, Exposição e Decomposição.  

“Todos somos uma imensa construção de todos os que estiveram antes de nós numa sucessão de cruzamentos materiais e imateriais para que cada coisa, mesmo que pessoa, nascesse como nasce. Todos somos exemplos. Todos somos testemunhas.”