RECITAL DE COMPOSIÇÃO DE BRUNO VICENTE E JOÃO BASTOS

O universo observável é um espaço, em forma de esfera, que circunscreve todos os astros cuja distância a nós é menor ou igual àquela que a luz conseguiria percorrer no tempo decorrido desde a criação do universo. Tal significa que quando tentamos olhar para fora deste espaço, o que vemos não é espaço vazio, tampouco a simples ausência de matéria ou de luz. Vemos, na realidade, a própria ausência de espaço e de tempo, um “sítio” infinitamente vazio antes do Big Bang. Estamos, literalmente, “staring into the void”.

Neste sentido, damos-vos a boas-vindas ao nosso recital. Bem-vindos àquela que será uma viagem por entre aquilo que nos é mais emocionalmente íntimo.
Bem-vindos a este evento expositivo do nosso trabalho musical que servirá também como avaliação. Mas, sobretudo, bem-vindos àquilo que, em última instância, nos serve como um de vários pontos angulares na nossa batalha contra o meaninglessness da vida, um confronto com os monstros dentro de cada um de nós.

Bem-vindos ao abisso. Bem-vindos ao The Void.