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– 11 e 12 de junho –
Sexta-feira, 11 de junho – 19h30
Sábado, 12 de junho – 19h30
M/12 | BILHETES : 5€
EXERCICIO-ESPETÁCULO DOS ALUNOS DE MESTRADO EM ARTES CÉNICAS DA ESMAE
Projeto de investigação do 1º ano do Mestrado em Artes Cénicas que reflete algumas das vontades de pesquisa prática em artes. A equipa, constituída por Ana Carolina Santos, Ana Vargas, Andreia Fraga, António Júlio, Beatriz Filomeno, Clementina Delgado, Francisco Almeida, Lúcia Lopes, Jordann Santos e Susana Lamarão, desenvolve alguns dos interesses que aqui se expressam:
Aqui, não estar dentro nem fora mas entre. Adentrar uma linha e perder-se.
Aqui, os desfasamentos da penumbra – onde não há luz possível sem os seus rastos de escuridão.
Aqui, cada casca uma persona. Persona visual. Transmutação.
Aqui, o lugar de existência. De fragmentação.
Aqui, os batimentos de luz que se transformam em rastos de um eco.
Aqui, os sinais de quem se deixa permanecer.
Aqui, onde em cada queda nasce uma flor.
Aqui, perto de um amante inexistente, porém, visível.
Aqui, o corpo – a prova de um crime.
Aqui, o ruído envolvente, que faz do presente uma sala vazia e espelhada que só vive virada para dentro.
Aqui perto, havia um lago. As águas eram paradas e quando chovia ficavam da cor da terra. Castanha. Na primavera, eu e os meus amigos corríamos até lá e divertíamo-nos a atirar pedrinhas para a água. Gostávamos de nos ver refletidos, éramos nós em movimento. No inverno a água ficava da cor do céu. Escura. Íamos lá muitas vezes para nos vermos mais velhos. Há pouco tempo voltei aqui. Chovia nesse dia. O céu estava carregado. A água escura. Mas resolvi atirar as pedrinhas e ver-me em movimento.